Às vezes apetece-nos escrever e não nos vem nada à cabeça. Às vezes apetece-nos contar coisas que não podemos contar. Às vezes ficam coisas por dizer. Às vezes ficam coisas por fazer. É estranho pensarmos no quanto o medo de ser mal-interpretado, de não estar a fazer o correcto, de não estar a seguir o chamado "normal" nos afecta. Talvez o "normal" não exista. Talvez o armazenemos como uma simples noção para seguir, quando na verdade não passa de uma ilusão. Talvez a normalidade seja uma coisa tão relativa, tão insignificante que nem mereça ser comentada. Talvez o medo nos leve à procura dela. O "perfeito", o "normal", o "ideal" pode não existir. Mas continuo em busca dele, continuo a tentar viver em base disso. Sinto-me confusa! Admito que me sinto. Não queria falar nisso, porque me sinto, ao mesmo tempo, maravilhosamente feliz. Deixei de me preocupar com o passado... lá está, não estou a agir com a normalidade que sempre idealizei. Que se lixe, vou lutar para ser feliz! Vou ser feliz, à minha maneira, à minha normalidade! Vou em busca do meu lugar no Mundo... nem que ele seja no Antárctico.
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